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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Oculto-me


Culpo-me por não ser a culpada;

Culpo-me por não pedir desculpas;

Bato-me e não mas discuta;

Por ser a certa e não a errada.


Comprometo-me onde não faço nada;

Perco-me em pensamentos inapropriados;

Culpo-me por ter acertado;

Compreendo-me por não ser complexada.


Mato-me por não mata-la;

Calo-me por querer-te;

Interrompo-me por ama-la;

Corto-me por não querer-me.


Penso logo sou um nada;

Reparto-me uma parte de mim;

Cuspo-lhe uma gota de náuseas;

Falo-me sou um broto de merda;


Perdoou-me

Por não ser ébria, ser sóbria, nem mórbida;

Sendo séria, certa e sólida;

Alegro-me.

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