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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lua de agosto

Bem, meu mais precioso ser
Seria quem não possuo
Não queria tua carne, nem o osso
Da fruta o sumo não consumo


Indaga tua fala a mim
E mostra o oposto do não
Te peço, responda o reverso
Do que seria uma negação


Um querer-te tanto fosco
Uma lua de agosto
Da mais triste profecia maia
Teu oitavo mês na estrela azulada.



domingo, 26 de agosto de 2012

   Os olhos que te vêem sem os óculos não sabem os ósculos que te aguardam. Muito menos os tais olhares. Então, não te julgues como estranha sem as lentes, acuse-os de não enxergarem como tu és.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O povo: Para nada.


Nem tudo que se vê se repassa;
Quero ver tu repassar sem ter graça;
A farça força a voz que lhe da a palavra;
Escarra a pátria que só rebaixa prolixa.

Mas relaxa, que tudo piora!
Quanto mais se olha menos se ganha;
Grita a garganta da baixa renda perplexa.
Se possuir a palavra já comemora -Pega o violão!-

É festa! Protestantes serelepes abraçam o fato,
Braços de aço no ato, e a corte corta na maciota
Nega. Nada dessa falsa tolerância democrática
Se ganha diante da grande burguesia "modesta".

domingo, 19 de agosto de 2012

Acordei.


Bom dia, lápis!
Posso pega-lo?
Queria descrever-me um tanto.

Deixa?
Posso?

Acordei meio afobado
Com tanto sol irradiado;
O vento soprou-me uma folha;
Quero que você resolva
Os inigmas do meu sonho.

Tenho de pega-lo,
Molda-lo ao meu ver.

Concede-me uma dança?
Uma valsa poética?
Quero uma sílaba sintética
Para completar o meu verso.

Seja uma rima rica;
Não somente com substantivos e verbos;
Eu quero dialogos concretos,
Um realismo do sonho.

Tinha a praça velha;
Tinham velhos.

Contia tristes lares,
Corações frios,
Lágrimas petrificadas;
Acho que era o inicio do inverno.