segunda-feira, 4 de março de 2013
Imprevisível peça teatral.
Se quem faz a justiça é o justiceiro,
Então Deus que me livre e guarde,
De um homem que bate o tempo inteiro,
integralmente, todo o "santo" dia sendo covarde.
Mas não faço referencia ao divino.
Esse "Deus" que em cima cito
Sendo ou não um mito, eu não minto,
É a nossa crescente marcha.
E ai vem o desprezo,
O impulso e o arpejo
De um bendito "guarda".
Ligeiro num murro rebento.
Desgraça a cara da não coitada,
Feminista performista,
Recuada. Desfigurada pra quem vê
Após o nocaute, chora entre os braços da namorada.
Esquerdo lado escuro,
Olho inchado pela homofobia,
Mas sendo bela e concreta
Ela levanta e num grito afirma:
"Eu sou Roberta!"
sábado, 5 de janeiro de 2013
Distantes.
- Sinto muito lhe falar, mas não sou totalmente sua. Na verdade, nunca fui. E mesmo sem esse outro alguém nunca serei- Disse ela.
Um dia era praça do campo grande, cabelo comprido e unhas pretas. Hoje, sem mais delongas, uma vila velha.
O sorriso seu era tudo. Mesmo que eu quisesse esconder o meu interesse por ele, eu não conseguia. Era muito querer. Um querer "cafona". Querer "cafona" esse de tentar tapar os olhos com as duas mãos e abrir uma brecha com os dedos. Não conseguia disfarçar. E hoje, flor da luz, sabendo que não me queres totalmente pra ti, digo-lhe: Não tens.
Somos dois corpos compartilhados.
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