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terça-feira, 31 de maio de 2011

Era uma vez um ponto


Olha o que virou o amor;
Um fator concreto se tornou ilusório;
Um sentimento eterno que virou provisório;
Moeda de troca de pouco valor.

De cavaleiro errante para errante cavalo;
Um grande dragão vira meros status;
Grandes proporções para um simples boato;
De um limitado para limita-los.

Os dias de glória para um dia doze;
O gosto do beijo tem outros sabores;
Onde foi parar esse sentimento tão doce?

É rancor, não amor;
É foda, não amor;
É a dor, não amor.

Desculpada

Meu corpo meio pesado no momento;
Nesse eterno momento me sinto um nada;
Sem pés, sem mãos sem estar na morada;
Com um peçonhento descontentamento.

E nele o ritmo só parece aumentar;
O som que o faz leve;
As teclas que vão me deixando alegre;
Nesse ultimo período do mal estar.

Esta claro, meu "eu" do outro lado;
Estava mais que exato;
Triste, forte e calado.

Esta bravo, o tal "sangue coagulado";
Culto se segue o insulto;
Não sei como se mantém no absurdo.



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nem líder, nem nada


Ah minha pátria;
Pátria minha mal comandada;
Belo seria se tu fosses relembrada;
Pela cultura que tornara tão sábia.

Colônia vasta, repleta de matas;
Onde foi parar tanto Tupi nesse mundão?
Cadê casa, casebre, casarão?
Oh minha pátria completamente mudada.

Me fala a língua que tu falas;
Retira o véu que te cobre;
Se desprende das correntes fissuradas.

Quero te ter sem superior;
Quero te comparar sem inferior;
Te quero sem líder, sem nada.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Já me falaram


O ar circulando;
E lá estão as grandes caixas de ferro;
Teu sorriso que quebra esse ébrio;
Juntos aos enormes camburãos parando.

Grilhões que enfraquece as minhas panturrilhas;
Enlouquece minha sófia de leve;
Desamo, e faz uma simples cópia de greve;
Efêmera terça, prospera tristeza.

Se um dia tu soubestes a razão;
Para tanta assembléia;
Esqueça essa epopéia idéia;

Creiamos no sim, os "grandes" no não;
Creiamos na voz, no saber da ilusão;
Sábios idiotas, irônicos hipócritas.




domingo, 22 de maio de 2011

Sonho exato?


Sono nostálgico de apenas um mês;
Hoje estranho antigamente normal;
Boutiques e asilos “é” tudo igual;
Num quadro o retrato de tudo que fez.

Doze hidrográficas bicolor;
De seis amantes uma amada;
Com as outras seis conversa fiada;
Mas todas as vinte e quatro um monte de cor.

Incógnita raça de meros mortais;
O xadrez se difere do listrado;
Em linhas que nele foi traçado;
E por classes tratadas como “tais”.

De todos os seres com as mãos atadas;
Senhores com barbas e crianças de fralda descrevem o cenário;
De todos os cabelos, dentes e roupas trancados no armário;
De todas as frases “cem” palavras e nem um pouco exatas.

Bom senso


Mera boca em tua delicada audição, cupido;
Uma mistura de desejo, crença e poder;
Declínio da hipérbole que até então era gemido;
Entusiasmado no que em tua mente pode crescer.

Belas são as tais expressões faciais;
As curvas que lhe compõe,
O leito que se desfaz,
O prazer que em mim põe.

Sou um simples mortal culpado;
Dessa tua respiração ofegada.
Perto serás amado,
Longe serei um nada.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Corpo curioso


Covinhas,
Covas,
Queixo, costas;
Duas partes do teu corpo;
Que me enchem de prosas.

Sei eu no fundo gostas;
Do meu apelo por ti;
Do meu vir e ir;
Do seu pensar e agir.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O meu antigo amor autruísta


Pessoas que vem e vão;
Se deixam pela percepção;
Antigo amor altruísta,
Já não me restam gás, fogo nem ao menos faísca.

Pessoas que deveriam ser gratas;
Gratas por serem amadas.
Morte ao meu amor platônico,
Ao meu velho amor Tonico.

Fantasiada por inéditos casos,
E a imaginação fértil que me consagro,
Seria feito por grandes laços com beijos e abraços.

Graças ao tempo pude notar,
Quanta beleza existia no ar;
O ar que me sopra ventos do fator amar.

Pétalas modeladas


Da tua rosa o mais leve perfume.
Os olfatos maravilhados;
Com o teu cheiro requintado;
Espantando os maus olhados desviados.

És tão bela, encantadora flora;
Tatuada em pele e carne,
Faz parte do meu ser agora.

Oculto-me


Culpo-me por não ser a culpada;

Culpo-me por não pedir desculpas;

Bato-me e não mas discuta;

Por ser a certa e não a errada.


Comprometo-me onde não faço nada;

Perco-me em pensamentos inapropriados;

Culpo-me por ter acertado;

Compreendo-me por não ser complexada.


Mato-me por não mata-la;

Calo-me por querer-te;

Interrompo-me por ama-la;

Corto-me por não querer-me.


Penso logo sou um nada;

Reparto-me uma parte de mim;

Cuspo-lhe uma gota de náuseas;

Falo-me sou um broto de merda;


Perdoou-me

Por não ser ébria, ser sóbria, nem mórbida;

Sendo séria, certa e sólida;

Alegro-me.