Enjoaste do que lhe restou;
Sobraste somente tentativa;
Nunca tomaste a iniciativa;
De uma à outra o desprezo ficou;
Cansaste, e cansada se encontrava;
Nem isso, nem aquilo
Feste sorrir consigo
E "abandonada" continuava;
Fugiste para a pior "solução";
Retardaste os sentidos,
Esses que sempre comovidos,
Agora em câmera lenta és a tal ação;
E choraste por acaso;
Reclamaste do copo vazio,
Tomaste uma dose de "sozinho",
Quiseste trocar o copo por um vaso;
O pulso, o busto, o corpo;
Recebeste o drama da depressão;
Aliaste à lâmina, nicotina e coração;
Onde com o tempo sobraste marcas do pouco;
Mencionava do passado e pensava no decadente futuro;
Se via pálida e dependente;
Só uma voz deixava-a rapidamente contente;
Nunca prometeste nada. Fazia ou falava com o amor mais puro;
Alegraste da mais sintética alegria;
Viste então acompanhada
De uma dose pura, amada e acabada;
Sentava, tomava e sorria.