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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Intervalo de dois anos.

Nem eu e nem tu
Se olham em cru;
Dispersadas mentes;
Fadadas aos casos incansáveis;
Finalmente trocando o que sente.

Trocadilhos a parte.
Inocentemente rimadas pouco a pouco,
Caso por caso; Contando o cansaço,
Expondo a nova palhaça que sou,
Feliz de dentro para fora;
Por ventura da vida, assumida.

Eu, um feliz arco-íris a amostra.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pensando bem.

Sofrer é um fato.
Dito, nascido do boato;
Que anda junto ao tempo sensato;
Um fato do boato com ato.

Nascer é doloroso,
Um feto desenvolvido nervoso,
Recebeste a força do médico maldoso;
Doloroso é ser nervoso com gosto.

E respirar a mais pura amargura,
Viver atuando com usura;
Pessoa formada com frescura;
Certa amargura, usura crua.

Dentro do andante camburão enferrujado,
A vida implicando um forçado;
Juba deselegante, cabelo coçado;
Um lotado enferrujado cansado.

Um fato é agir com ato;
Doloroso o ser morrendo com gosto;
Certa amargura, trajetória crua;
O lotado homem cansado.

Despedida para pior fuga.


Uma perda de tempo.
Cedo, tipo sono;
Tenso, teso engano;
Santo corpo lento.

Tento, vento no cabelo assim.
Bela, volta paralela;
Do lado é ela; é ela,
Chega a grudar em mim.

Louca, quer fugir,
Parar de existir,
Pensar em partir,
Sem pronunciar "redimir".

Sinto-me grata;
Sem ser soneto sanada;
Fala "vem cá",
Briga e vai para lá.

A escola, ia e volta;
Volte escola.
Sue, morda a merenda,
Minimizo e guardo-a em compota.

Comporta-se linda;
Sente-se, comida;
Arraste-a à boca.
Uma ex galinha colorida.

Beijo sem fim.


Será?
Se o teu coração acelera junto ao meu;
Se o meu corpo nervoso falece perto do teu;
Se o meu suor tímido deságua em teus poros;
Minha estrutura merece uma afirmação.

Por ventura eu devo perguntar
Se ele transpira, cambaleia, chora,
Grita, amolece e namora junto a mim.

E lá vem.


Uma vez era eu,
No próspero caso, ela;
Outra vez era eu,
Depois eu e ela.

Paixão ardente da minha parte;
Parte minha que era dela.
Que de mim nada sem pedaço,
Eu cortada, dada e iludida;
Inocente menina; eu cedida.
Sedução forte me levava,
Frágil, eu sai perdendo;
Olhos, corpo e ao drama continuo cedendo.

Certa lembrança fadada à desgraça.