- Sinto muito lhe falar, mas não sou totalmente sua. Na verdade, nunca fui. E mesmo sem esse outro alguém nunca serei- Disse ela.
Um dia era praça do campo grande, cabelo comprido e unhas pretas. Hoje, sem mais delongas, uma vila velha.
O sorriso seu era tudo. Mesmo que eu quisesse esconder o meu interesse por ele, eu não conseguia. Era muito querer. Um querer "cafona". Querer "cafona" esse de tentar tapar os olhos com as duas mãos e abrir uma brecha com os dedos. Não conseguia disfarçar. E hoje, flor da luz, sabendo que não me queres totalmente pra ti, digo-lhe: Não tens.
Somos dois corpos compartilhados.
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