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segunda-feira, 12 de março de 2012

Redenção a dor


De repente acabou, esgotou-se a paciência;
Entupiu-se de ideias paralelas a vida;
Rendeu-se pela dor da lentidão;
Portava porcentagens altíssimas de relaxantes destilados no sangue,
Concentrava-se no polegar que transformava gás em fogo,
E zarolho continuava ao enxergar a fumaça cedendo cinzas.

Baseado por fatos legítimos de morte,
Enquadrava-se nas mais famosas violações por exagero;
Exagerava em longas e termináveis doses lícitas,
Matando nem sempre o que contia em si,
Mas sim o que a rodeava;
Provocando em período prévio de suicídio coletivo.

Suicidava-se lembranças de uma boa expectativa vital;
Amigos de infância, pai e mãe;
Que esqueceram da tolerância,
E renderam-se a dor do desespero.

Um quarto e uma janela com cinco barras de ferro,
Que dava para a encardida parede branca;
O relógio marcava exatamente quatro horas e dezenove minutos,
E eu escrevendo dos meus antigos amigos e falecidos pais.
Isolar-me. É tudo o que resta.

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